terça-feira, 30 de junho de 2009


Realmente acredito que por trás de tudo, há sempre uma trilha sonora. Sempre associei o que me acontece com música. E quero dizer música em geral, da trilha incidental clássica ao punk rock, e não somente as do meu próprio gosto, aliás, quase nunca são. Quantas vezes não acordei e, do nada, meu ritmo logo era determinado por um axé qualquer, música do Amado Batista ou Kelly Key, que me vieram á cabeça logo de manhã, vindas sei lá de onde! Ás vezes até um dábádá-dábádábádábádá-dábádádáaaaá que não sei de onde vem se instala na minha cabeça e meu dia logo é tomado pelo ritmo. Quantas vezes não briguei com namorado e a Alanis tocou violão pra mim, ou andando pelas rua de bermuda e chinelo, sol queimando o rosto e vem logo o Bob Marley standing for his rights ou o Caetano caminhando contra o vento sem lenço e sem documento.
Já percebi que boa parte da minha é conduzida por ritmos eletrônicos, Peter Rauhofer, a maioria das vezes. Meus passos seguem os beats da música, estou sempre com pressa, ritmado. Tenho que tomar cuidado pra não virar máquina. De acordo com meu professor de interpretação fui muito tempo moldado pelo mundo capitalista e corporativista, sou duro. É que eu gosto de um pouquinho de conforto.

Tudo isto me veio á cabeça porque viciei na trilha sonora do Shelter, traduzido como “De repente, Califórnia”, que nem assisti mas já baixei a trilha. O 4Shared é minha vida. Estava bêbado quando escutei a primeira vez, no último Sábado. Saímos do esquenta na casa de um amigo na Bela Cintra, bêbados, quando vimos os carros da polícia militar estacionados em frente aos nossos, alguns fofos encostados nos nossos carros e outros parando todo mundo que passava e fazendo o teste do bafo.. Nós, de copos em riste, falando mole, ficamos ali, na esperança de que fossem embora, o que não aconteceu. Pegamos um táxi na ida e outro na volta da festa, quando pegamos os carros de volta. Fomos tomar café na madrugada. Meus amigos falavam derretidos sobre o filme e colocaram a trilha pra tocar. Muito boa. Romântica e nada piegas, o que me leva a acreditar que o filme deve se passar em San Diego, por exemplo, e não em L.A. Não sou o maior dos românticos, mas senti sim, um friozinho gostoso na barriga, algo que parece com um choro preso dentro do estômago (falei que não sou romântico), uma sensação que se confunde com uma tristezinha, leve porém intensa. É o que se sente quando se está apaixonado, que vira amor, que vira dor. Ou talvez quando se está ainda com resquícios de álcool no sangue, a gente fica mais mole mesmo. O gostoso é sentir tudo isto junto, apaixonado ou bêbado. Não tinha gostado da cara dos atores, achei que não tinham uma carinha muito boa, até consultar Deus-Google-Images e mudar de opinião. Os caras são bons. Bem bons. Quero muito assistir.

Ainda no Sábado, meu banheiro, nove da noite, sem roupa e olhando pro espelho, peguei a máquina e tosei meu cabelo, máquina um dos lados, dois em cima. O Al....aiaiai...o Al....ai...o Al....que estava na sala me esperando veio até mim pra fazer o pézinho, a parte de trás, apesar do jogo de espelhos que montei pra ter visão completa do negócio. Nada mais libertador do que raspar a cabeça, inteira, sem dó. É orgásmico todo aquele cabelo caindo, em tufos, deixando o ar entrar, a cabeça ventilada. No começo, na verdade, raspei somente dos lados. Olhei, olhei, e cheguei á conclusão de que estava muito estranho aquele quase moicano, nada libertador deixar aquele resquício de pêlos agarrados á minha cabeça e preferi a sensação de mandar tudo pro espaço. Raspei tudo, de uma maneira ansiosa, feliz, voraz. Foi quase uma festa, uma orgia em meio a cabeleira caída. A trilha seria a nona sinfonia de Beethoven. E gostei do que vi. Acho que ficou a minha cara. Prático, limpo, objetivo, sem cabelo não tem meio termo, é assim e pronto. Certas coisas são melhores sem nuances.
De hoje em diante minha cabeça estará sempre raspada, por um bom tempo.

terça-feira, 23 de junho de 2009


Minha cozinha: um fogão, uma pia, dois armários, uma geladeira velha cheia de imãs, uma banheira de hidromassagem de um metro e setenta, completa, em pé ao lado do fogão. Sim, tenho uma banheira ao lado do meu fogão com um monte de coisa em cima. Me encara toda noite quando chego em casa, de dentro de sua caixa de papelão, comprada há quase dois anos e não instalada, já virou personagem da casa. As pessoas sempre me perguntam da banheira. Se já instalei, se ainda está na cozinha, em pé ou deitada, se nunca pegou fogo a caixa de papelão, coisas assim. Já quiseram usar pra uma instalação artística. Preciso vender esta banheira. Meu apartamento é jeitoso, cara de solteiro, poucos móveis bem distribuídos e no banheiro minha banheira original dos anos sessenta que me recuso a tirar. Minha cozinha, estranha. Duas luzes fluorescentes parcialmente queimadas (se é que isto existe) dão um tom de casa mal assombrada com sua iluminação azulada piscando. Lavo a louça, saio zonzo. Não, não dá pra cozinhar assim, há de se ter um mínimo de dignidade. Mommy tem sido uma santa, durante minha crise financeira de almoços e jantares fora de casa temporariamente cancelados, tem buscado os ingredientes por mim escolhidos e comprados aqui em casa e volta dois dias depois com seus pratos apetitosos prontinhos em potes de refeições individuais pra congelar. Coisa de gente mimada? Pode parecer, mas o fato é que me salva um tempo precioso que não tenho, e o tempero é bem melhor que o meu. E eu não pedi, eu juro, ela ofereceu e já abriu um sorriso. Todos os dias ao telefone salienta que adora cozinhar. Sempre fui bem independente, mas não recuso um agrado de mãe. Ela adora. Certas coisas não se nega: doce em dia de Cosme e Damião, beijo, abraço, aperto de mão, elogio do chefe,convite VIP, e presente de mãe, por exemplo.

Tenho vários ingressos de teatro comprados há várias e várias semanas, época em que achava estar em tempo de vacas gordas. Hoje, fui assistir A Alma Imoral. Gostei muito. Fui com o Danilo, retirei nossos ingressos na hora. Um deles era pro leãozinho. Pena não estar presente. Hoje no hospital nem mencionei que iria ao teatro para não deixá-lo deprimido. Convidei minha amiga Cícera já faz uns dias para então tomar seu lugar. Como sempre, atrasada. Não por ser desorganizada, muito pelo contrário, atrasou porque seu aluno de personal estava um pouco mais "lento" hoje. Ele até chegou a perguntar se ela tinha compromisso, mas como todo bom profissional, e caxias, disse que não. Saiu correndo faltando vinte minutos pra peça, não deu tempo, é claro. Vendi o ingresso na última hora para um sortudo da lista de espera que, apesar de ganhar um ingresso na primeira fila de cara com a atriz, quase um beijo de esquimó, não deu nem um sorriso de agradecimento. Pelo menos a atriz além de boa era engraçada. Falou muito sobre o que é bom versus o que é certo. Eu acho que prefiro o que é bom, na maioria das vezes, o que não é necessariamente o mais certo, mas afinal, qual o intuito de se fazer tudo certo sempre?

Constatações: 1) Preciso cortar o cabelo. 2) Fico estranho sem barba. 3) Preciso de mais um emprego. Quero trabalhar á noite. A grana é bem vinda e ainda posso mudar um pouco de ares. Quem sabe algum lugar bem transado e hypado pra juntar o útil ao agradável?

Hora de botar o pijaminha e tentar dormir um pouco.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Raspei minha barba. Quero uma carinha mais limpa esta semana.
Três da madrugada e estava plantado encarando meu monitor. Sono, nenhum. Dormi das dezessete ás vinte horas do Domingo tentando assistir A Troca com a Angelina Jolie. Levantei, peguei a máquina e tchau pêlos. Agora, pele de bebê, independente dos vincos que já me marcam. Paro em frente ao espelho rachado do banheiro e me olho durante uns três minutos. Quem sou eu agora?

Talvez meu ímpeto de extermínio das estruturas capilares deveu-se ao fato de no mesmo dia, á tarde, ter ido visitar o A....aiaiai o Al...ai o Al....(como já disse ele não quer seu nome por aí...) no hospital. Entrei, o quarto em silêncio, televisão desligada, a outra cama vazia, colchão sem lençol. Ele estava de pé, alongando-se com a ajuda da estrutura alta da cama. Eu estava ansioso por abraçá-lo, mas me enrosquei em minha falta de logística para colocar um avental, luvas, tirar a mochila, lavar as mãos, antes de chegar até ele, e certamente não nesta ordem. Eu estava com minha máquina de cortar cabelo, com a qual aparo minha barba semanalmente. Ás vezes me arrisco a fazer o pé do meu próprio cabelo com dois espelhos, um de frente pro outro, o que exige um controle á mais dos meus gestos. Tudo feito ao contrário do normal, do avesso.
Quando nosso amigo Beto entrou no quarto, também enroscado no avental, já estava ele sentado de frente ao espelho do banheiro, arrancado da parede e agora em suas mãos e apoiado no seu colo, e eu, dando uma de cabeleireiro, ou barbeiro, passando a máquina dois por toda sua cabeça. Fiquei com medo, travei no início. O que menos se precisa quando se está internado é uma auto-estima diminuída por um cabelo cheio de buracos. Achei de extrema importância caprichar. De acordo com o Beto a cena foi bem bonita. Ficou tocado com o que um simples procedimento ás vezes demonstra. Apesar da nossa discussão de como se devia fazer, como não deixar buracos, ou como eu era lerdo ou como sou atrapalhado há de se concordar que há de haver confiança em se entregar, ou somente o seu cabelo, á alguém. Por trás dos gênios envolvidos, são em cenas como esta que se percebe a sutileza de alguns sentimentos.

Hoje, Segunda, saí mais cedo do trabalho. Decidi visitá-lo novamente, desta vez sem avisar. Corri como um louco e cheguei faltando meia hora pra encerrar o horário de visitas. Percorri rapidamente os corredores imensos e cheios de quartos, lavei as mãos, tirei a mochila, coloquei o avental e as luvas, desta vez na ordem certa. Cheguei, ele cochilava, descoberto, os livros de Direito abertos ao lado da cama em cima da mesa, todo encolhido. Fiquei olhando por alguns segundos. Algo me toca quando vejo um homem de vinte e nove anos voltar a ser bebê. E como em transmissão de pensamento ele abriu os olhos, olhou, e sorriu. Conversamos, um monte. Passou o horário de ir embora e nenhuma enfermeira chefe alemã veio encher o saco. Conversamos sobre algumas viagens, sobre a multa que levei por alta velocidade em Nevada. Sim, ele acha que eu deveria ter fugido dos policiais e entrar com o carro no meio do deserto, acredite. Conversamos sobre nossa falta de atenção em frente ao portão do tão esperado vôo para o Hawaii, que foi embora e nos deixou! Eu, como sempre, culpado. Rimos muito. Ele é uma festa para as enfermeiras, todas o adoram e além de darem showzinhos de dança e contarem piadinhas ainda pedem consulta jurídica. Uma porque quer se divorciar, outra porque acha que não recebe adequadamente do hospital, enquanto ele tenta convencê-las de que são muito sortudas dele estar lá e de que não há paciente mais agradável que ele. A vida é assim, um sempre acaba ajudando o outro no que pode, e uns com um dom especial de transformar ansiedade e espera em risos. É engraçado, e fascinante.

Tenho andado tanto estes dias que meus pés estão abertos, rachados. Não consigo andar de tanta dor. Acabo jogando o peso na parte lateral externa dos pés, andando com os joelhos um pouco abertos, como que juntando o rebanho, como diz minha amiga Rosana ou Jo Ross (nome artístico dentro da empresa), que não pára de ficar grávida. Eu já acho que fico parecendo a menina do Exorcista e só falta sair andando de quatro, virado ao contrário e vomitando verde.

Hoje malhei rápido no fim da longa tarde, e a bike, que gosto tanto, ah...que fique pra amanhã. Sem energia. Só pensava em comer. Como estou comendo, meu Deus. Acabei com um pote de Nutella Sábado á noite, quase vomitei no Domingo de manhã com tanta gordura no fígado, dor de cabeça o dia inteiro, até hoje á tarde quando decidi tomar um remédio. Todos pensando que eu estava de ressaca e que fui pra esbórnia, mas meu único pegado foi o da gula.
Amanhã, o tão esperado dia pra assistir A Alma Imoral. Dois ingressos comprados há mais de um mês. Um para mim,o outro para o leãozinho. Mas tudo bem, não se pode ter tudo na vida. Aliás, falando em teatro, no Sábado assisti Turismo Infinito, baseado em poemas de Fernando Pessoa e seus heteronômios, interpretados por um grupo FANTÁSTICO português. Tenho que confessar que, apesar da interpretação absurdamente boa e da beleza estética de todo o espetáculo, ás vezes não me continha e não conseguia abstrair aquele sotaque. Meigo, bonitinho que dói, mas muitas vezes tão engraçado! Antes do espetáculo, do lado de fora do teatro, um grupo de dança contemporânea fazia um show de improvisação. Minha vontade era de tirar a roupa e me enfiar no meio do grupo, pois a música convidava e Dionísio também, só faltou um empurrãozinho de Baco e uma taça de vinho. Quando adentramos o espaço logo veio uma bonita menina loira e franzina em nossa direção, correndo, batendo suas “asas” que nem passarinho. Passou por nós dois, eu e Cícera, fez um biquinho como se fosse dar um piozinho, e saiu pela rua “voando”. Mais tarde, ao fim da apresentação, descobrimos que era a chefe do grupo. As crianças...ah! As crianças! Que facilidade elas tem pra fazer o que querem. Pois não é que um menino de uns cinco anos entrou no meio do povo e dançou, dançou, e dançou livremente até o fim do espetáculo?!

Vou aproveitar que ainda é antes da meia-noite e já estou de pijama azul. Vou tentar a incrível façanha de dormir antes do relógio virar os seus quatro zeros.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Preciso de um segundo emprego, urgente. Saldo bancário zerado, quase tendo uma síncope.

Não exagero nos gastos. Como todo solteiro, almoço e janto fora, alugo meus filmes, pago minha internet e pago meus cafés. De vez em quando uma loucura aqui outra ali, umas roupinhas, uns livrinhos. Balada não pago. Mas a Divina Providência aparentemente não acha certo. Eu acho sacanagem.

Travei os dentes quando li aquele papel amarelo maldito do caixa chamado extrato bancário. Congelei. Meus olhos giravam redemoinho verde-limão com cor-de-rosa. Liguei que nem um louco pro banco, pra TV a cabo, pra internet, pro cartão de crédito, pra minha psicóloga. Cancelei tudo. Me arrependi, reativei tudo. Deitei na cama e me enrolei no edredon, três e meia da tarde. Não conseguia me mexer e os olhos perdidos no céu nublado do centro. Academia, precisava ir para a academia. Comecei a chorar no meio do caminho, cheguei e meus professores me olhavam de longe com medo. Malhei um bíceps bem mal feito.

Pelas projeções, se eu cortar tudo, sim, tudo, até o fim do ano posso pensar em sair pra tomar um café. Comida, só em casa. Mas me recuso á cortar a web, ah não, isto já é cortar as mãos e os pés ao mesmo tempo. Acho que a vidinha não vai ser mais tão cool.



- Alô? A__?ai...A___....aiaiai o Al___....( ele não quer mais seu nome divulgado)

-Fala.

-Não consegui aquela grana, na verdade, tô fodido.

-Eu sempre te aviso e você não me esc... &#@($(@!#$&@#$&¨@&#*¨$&*¨*&#@$!

-Mas espera aí! Que monte de gente é esta falando atrás de você?!

-Quem você acha?

-Ah sei lá...já almoçou? Tem almoço aí ?

-Aqui tem de tudo, carne branca, carne vermelha, suquinho....

-Peraí....onde você está?

-No hospital, internado de novo....



Foi assim que, na mesma tarde de ontém, enrolado no edredon e com o telefone sem fio em mãos, descobri que o A___ai o A___aiaiai o A___, chamado por meu amigo Danilo de "leãozinho" por causa do signo, estava de volta ao hospital ainda por causas do acidente do ano passado. Fiquei mais triste ainda.



A vida é complexa. Em alguns momentos é com se eu fosse testado, mas pensando bem á respeito concluo que as coisas são porque simplesmente são, sem nenhuma teoria de conspiração ou maiores significados. Claro que podemos tirar lições. Aliás, da maior parte delas, mas não venha me dizer que tem alguém barbudo jogando o Jogo da Vida lá em cima e dizendo "Ah, agora vou jogar os dados e andar três casinhas com o Rodrigo, voltar duas pra ele aprender a andar direitinho, e na quarta casinha ele vai encontrar fulano de tal que andou duas casinhas e na quinta casinha eles vai ficar ricos e viver felizes para sempre até a septagésima casinha do tabuleiro", porque não, não faz sentido, e se houvesse algum barbudo olhando pra cá ele teria mais o que fazer do que prestar atenção nas nossas casinhas. Cheguei a pensar se não estaria sofrendo porque fiz trinta e três anos, aliás jurava que morreria aos trinta e três, mas meu lado racional que é bem mais troglodita que o franzino religioso que há dentro de mim logo passou uma rasteira no meu complexo de Jesus. Não, fala sério, quem nunca achou que fosse morrer aos trinta e três?!



Andei conversando com meus pais á respeito de minha crise financeira. Cheguei da terapia agora á noite (que não vai ser mais cobrada!), estavam meus pais e minha avózinha aqui no apartamento52 (eles têm a chave) com panelas de comida quentinha pra eu comer durante a semana. Fofos. Já dei tudo que comprei no mercado na mão deles, vamos combinar que o tempero é bem melhor. Vão me trazer tudo feitinho. Fofos.



Pijaminha marrom colocado, vou ler Simone de Beauvoir, que fala tanto de seu "menino" Sartre, que me indentifico totalmente. Minhas relações sempre foram paternalistas, até com os namorados mais velhos. Vou ler até pegar no sono.






terça-feira, 9 de junho de 2009

Abandonei meus blogs estes dias. Um tipo de revolta silenciosa contra a falta de leitores. Mas daí respiro, e lembro que escrevo também pra mim. Coisas de quem tem dormido pouco, apesar das minhas tantas leituras sonífero. Cochilo por uma hora depois que começo a ler, acordo, e fico horas á fio com insônia. Aliás, depois de tanta paquera comprei o Conversas com Woody Allen. Estou cercando o livro há dias, mas nada de pegá-lo. Sempre fico em dúvida entre continuar o Balanço Final da Simone de Beauvoir e o Woody. Vamos combinar que a priore são coisas distintas. Se bem que até posso imaginar o Woody fazendo piadinha sobre queimar sutiã em praça pública se tal encontro tivesse ocorrido. Acho que ele gosta de mulheres fortes.

Agora á noite dei minha TV do quarto de presente, um monstro de enorme. Arrumei a escrivaninha, joguei pápéis fora, guardei livros não terminados (não o de Beauvior!), e lavei a louça...bom...mais ou menos...quem lavou foi minha mãe, que veio me visitar e fez um lanchinho básico pra gente. Pra mim sobraram somente alguns copos. Agora á pouco meu lado teen aflorou e assisti ao primeiro capítulo do True Blood, sobre os tais vampiros super hyper sexys. E são mesmo, caramba., apesar da cara de defunto.

Ai, ai! Minha escrivaninha me deixa feliz assim tão limpinha. Como que demarcando espaço estou sentado com um pé em cima dela e outro bem esticado pra cima da cama. Preciso de espaço.

Amanhã, Quarta-com-cara-de-Sexta. Não trabalho na Sexta, a real, vendi a alma ao diabo. Pago no Sábado da outra semana. Vale a pena, quero fazer render e já aluguei três filminhos interessantes além da série. Não baixo as séries da web, prefiro ver na telona da sala. Hoje vou dormir de cortinas abertas, quero acordar com a luz do sol na cara, mesmo que durme menos do que gosto. Quero aproveitar a Quarta-com-cara-de-Sexta antes de ir trabalhar, quem sabe pedalar. de resto, duas festinhas no fim de semana que prometem bom som, apesar da preguiça porque vai estar muuuuito lotado.

Well, vou tentar dormir porque o tal do Sol aparece em quatro horas....