Realmente acredito que por trás de tudo, há sempre uma trilha sonora. Sempre associei o que me acontece com música. E quero dizer música em geral, da trilha incidental clássica ao punk rock, e não somente as do meu próprio gosto, aliás, quase nunca são. Quantas vezes não acordei e, do nada, meu ritmo logo era determinado por um axé qualquer, música do Amado Batista ou Kelly Key, que me vieram á cabeça logo de manhã, vindas sei lá de onde! Ás vezes até um dábádá-dábádábádábádá-dábádádáaaaá que não sei de onde vem se instala na minha cabeça e meu dia logo é tomado pelo ritmo. Quantas vezes não briguei com namorado e a Alanis tocou violão pra mim, ou andando pelas rua de bermuda e chinelo, sol queimando o rosto e vem logo o Bob Marley standing for his rights ou o Caetano caminhando contra o vento sem lenço e sem documento.
Já percebi que boa parte da minha é conduzida por ritmos eletrônicos, Peter Rauhofer, a maioria das vezes. Meus passos seguem os beats da música, estou sempre com pressa, ritmado. Tenho que tomar cuidado pra não virar máquina. De acordo com meu professor de interpretação fui muito tempo moldado pelo mundo capitalista e corporativista, sou duro. É que eu gosto de um pouquinho de conforto.
Tudo isto me veio á cabeça porque viciei na trilha sonora do Shelter, traduzido como “De repente, Califórnia”, que nem assisti mas já baixei a trilha. O 4Shared é minha vida. Estava bêbado quando escutei a primeira vez, no último Sábado. Saímos do esquenta na casa de um amigo na Bela Cintra, bêbados, quando vimos os carros da polícia militar estacionados em frente aos nossos, alguns fofos encostados nos nossos carros e outros parando todo mundo que passava e fazendo o teste do bafo.. Nós, de copos em riste, falando mole, ficamos ali, na esperança de que fossem embora, o que não aconteceu. Pegamos um táxi na ida e outro na volta da festa, quando pegamos os carros de volta. Fomos tomar café na madrugada. Meus amigos falavam derretidos sobre o filme e colocaram a trilha pra tocar. Muito boa. Romântica e nada piegas, o que me leva a acreditar que o filme deve se passar em San Diego, por exemplo, e não em L.A. Não sou o maior dos românticos, mas senti sim, um friozinho gostoso na barriga, algo que parece com um choro preso dentro do estômago (falei que não sou romântico), uma sensação que se confunde com uma tristezinha, leve porém intensa. É o que se sente quando se está apaixonado, que vira amor, que vira dor. Ou talvez quando se está ainda com resquícios de álcool no sangue, a gente fica mais mole mesmo. O gostoso é sentir tudo isto junto, apaixonado ou bêbado. Não tinha gostado da cara dos atores, achei que não tinham uma carinha muito boa, até consultar Deus-Google-Images e mudar de opinião. Os caras são bons. Bem bons. Quero muito assistir.
Ainda no Sábado, meu banheiro, nove da noite, sem roupa e olhando pro espelho, peguei a máquina e tosei meu cabelo, máquina um dos lados, dois em cima. O Al....aiaiai...o Al....ai...o Al....que estava na sala me esperando veio até mim pra fazer o pézinho, a parte de trás, apesar do jogo de espelhos que montei pra ter visão completa do negócio. Nada mais libertador do que raspar a cabeça, inteira, sem dó. É orgásmico todo aquele cabelo caindo, em tufos, deixando o ar entrar, a cabeça ventilada. No começo, na verdade, raspei somente dos lados. Olhei, olhei, e cheguei á conclusão de que estava muito estranho aquele quase moicano, nada libertador deixar aquele resquício de pêlos agarrados á minha cabeça e preferi a sensação de mandar tudo pro espaço. Raspei tudo, de uma maneira ansiosa, feliz, voraz. Foi quase uma festa, uma orgia em meio a cabeleira caída. A trilha seria a nona sinfonia de Beethoven. E gostei do que vi. Acho que ficou a minha cara. Prático, limpo, objetivo, sem cabelo não tem meio termo, é assim e pronto. Certas coisas são melhores sem nuances.
De hoje em diante minha cabeça estará sempre raspada, por um bom tempo.
Já percebi que boa parte da minha é conduzida por ritmos eletrônicos, Peter Rauhofer, a maioria das vezes. Meus passos seguem os beats da música, estou sempre com pressa, ritmado. Tenho que tomar cuidado pra não virar máquina. De acordo com meu professor de interpretação fui muito tempo moldado pelo mundo capitalista e corporativista, sou duro. É que eu gosto de um pouquinho de conforto.
Tudo isto me veio á cabeça porque viciei na trilha sonora do Shelter, traduzido como “De repente, Califórnia”, que nem assisti mas já baixei a trilha. O 4Shared é minha vida. Estava bêbado quando escutei a primeira vez, no último Sábado. Saímos do esquenta na casa de um amigo na Bela Cintra, bêbados, quando vimos os carros da polícia militar estacionados em frente aos nossos, alguns fofos encostados nos nossos carros e outros parando todo mundo que passava e fazendo o teste do bafo.. Nós, de copos em riste, falando mole, ficamos ali, na esperança de que fossem embora, o que não aconteceu. Pegamos um táxi na ida e outro na volta da festa, quando pegamos os carros de volta. Fomos tomar café na madrugada. Meus amigos falavam derretidos sobre o filme e colocaram a trilha pra tocar. Muito boa. Romântica e nada piegas, o que me leva a acreditar que o filme deve se passar em San Diego, por exemplo, e não em L.A. Não sou o maior dos românticos, mas senti sim, um friozinho gostoso na barriga, algo que parece com um choro preso dentro do estômago (falei que não sou romântico), uma sensação que se confunde com uma tristezinha, leve porém intensa. É o que se sente quando se está apaixonado, que vira amor, que vira dor. Ou talvez quando se está ainda com resquícios de álcool no sangue, a gente fica mais mole mesmo. O gostoso é sentir tudo isto junto, apaixonado ou bêbado. Não tinha gostado da cara dos atores, achei que não tinham uma carinha muito boa, até consultar Deus-Google-Images e mudar de opinião. Os caras são bons. Bem bons. Quero muito assistir.
Ainda no Sábado, meu banheiro, nove da noite, sem roupa e olhando pro espelho, peguei a máquina e tosei meu cabelo, máquina um dos lados, dois em cima. O Al....aiaiai...o Al....ai...o Al....que estava na sala me esperando veio até mim pra fazer o pézinho, a parte de trás, apesar do jogo de espelhos que montei pra ter visão completa do negócio. Nada mais libertador do que raspar a cabeça, inteira, sem dó. É orgásmico todo aquele cabelo caindo, em tufos, deixando o ar entrar, a cabeça ventilada. No começo, na verdade, raspei somente dos lados. Olhei, olhei, e cheguei á conclusão de que estava muito estranho aquele quase moicano, nada libertador deixar aquele resquício de pêlos agarrados á minha cabeça e preferi a sensação de mandar tudo pro espaço. Raspei tudo, de uma maneira ansiosa, feliz, voraz. Foi quase uma festa, uma orgia em meio a cabeleira caída. A trilha seria a nona sinfonia de Beethoven. E gostei do que vi. Acho que ficou a minha cara. Prático, limpo, objetivo, sem cabelo não tem meio termo, é assim e pronto. Certas coisas são melhores sem nuances.
De hoje em diante minha cabeça estará sempre raspada, por um bom tempo.
3 comentários:
Sim, musica é vida!!
Deve ser mal de Rodrigo, tb sempre relaciono momentos da minha vida com musicaaaaa...sou musico então já viu né! É sempre um momento registrado, uma canção guardada uma nota lembrada...Music is food for the soul!!
Ando sempre atrás de coisa nova pra escutar, to baixando a trilha sonora q vc citou.
Hahahaha ow privilegio heim!!...mesmo depois de grandes brigas a Alanis nunca tocou violão pra min!!
Sou uma trilha sonora ambulante, se precisar de dicas ou de coisa nova pra escutar, só me falar, adoro divulgar musica para amigos.
Ah já ia me esquecendo...bem vindo ao clube dos cabeças raspadas!! Adoto esse estilo a anos...vc vai gostar...espera pegar um dia de chuva! Nada melhor q as gotas direto na cuca! hahahahahaha
Já peguei chuva, não sabia que a cabeça podia sentir tanto frio! hahaha
Aceito dicas! O que você recomenda? Tô numa fase Macy Gracy e Misseducation of Lauren Hill, de novo. Adoooooro. São incríveis.
Qual seu email?
Opa! já pegou chuva então....sensação única fala ae rsrsrsr
Tenho várias dicas...vc ta na fase boa Misseducation of Lauryn Hill é clássico!
Me manda e-mail q eu te passo uma boa seleção, anota ae: rodrigofarrr@hotmail.com
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