Eu realmente me supero. Quinze minutos atrasado hoje de manhã, entrei pela porta dos fundos pra não chocar, pelo menos não hoje no aniversário da empresa. A culpa não foi minha, sei que não estou em condições de arrumar desculpas, e juro que meu relógio tinha um maldito pontinho vermelho e mesmo assim não despertou. Lei de Murph. Passei a madrugada brincando de baixar widgets pro meu desktop. Até que deu pau no sistema e passei a outra metade da madrugada tentando consertar os problemas. Não contente, dormi durante meu horário de almoço. Perdi a hora de novo, e que minha chefe não me escute, ou melhor, me leia.
Computador é brinquedo de gente grande. É como brincar de Lego, a gente anexa arquivo dentro de arquivo, copia, cola, desfaz tudo. A gente adora trocar papel de parede, o skin do music player, reorganizar os ícones da área de trabalho, pois dependendo do humor a Lixeira fica melhor em cima do Explorer que fica mais legal do lado direito superior da tela, ou não. Adoro abrir pastas e subpastas, por exemplo, divididas por cantor, álbum, gênero, cor da capa, álbum família, férias, trabalho, festa da sobrinha, boate, ensaios fotográficos, e depois inverte tudo. Brincadeira mais legal só da web. Considero meu PC o pão e a web a salsicha, numa comparação nada á ver. A gente conversa, manda arquivo, baixa foto, música, filme, enfeita o PC, escreve blog e tem até perfil virtual. Geralmente quem é gordo vira magro, quem é magro vira atlético, o feio fica bonito, morena vira loira e homem vira mulher, e também vice-versa. De vez em quando a gente vê sacanagem também. É quase como entrar na maioridade e ganhar um carro esportivo ou virar astronauta, tudo junto. Eu brincava de cabana e hoje brinco de PC.
Certa vez me lembro de ter machucado o nariz. Usava óculos desde pequeno e hoje não preciso mais. Aquela armação maldita pesava mais do que devia, era azul e tinha a cara do Pato Donald grudada nas laterais. Eu ficava revoltado de ter que usá-lo, não pelo Pato Donald, mas não considerava aquilo como parte do meu corpo, me importunava, além da vergonha que passava na escola, claro. Até que ele parou de me machucar. Até comecei a gostar dele, incorporei total o visual e me sentia pelado sem óculos. Me questiono até que ponto eu sou eu, quais são meus limites? Nasci com cabeça, tronco e membros, graças. Mas ao longo do tempo fui acoplando, as fraldas, as roupas, os óculos, a obituração do dente de leite, que aliás também saiu e deu lugar pra um novo, a mochila pra levar peso e muitos e muitos dados do meu CPU, HD interno, externo, que não recordaria normalmente e nem reproduziria com exatidão. E fui aperfeiçando também! Cortei infinitas vezes o cabelo, aparei a barba, fiz meus músculos crescer, a gordura diminuir, treinei a voz pro teatro, aprendi a escrever, e só escrevo com a ajuda de uma caneta, um teclado, ou um pedaço de carvão.
Será que este computador também sou eu?!
Computador é brinquedo de gente grande. É como brincar de Lego, a gente anexa arquivo dentro de arquivo, copia, cola, desfaz tudo. A gente adora trocar papel de parede, o skin do music player, reorganizar os ícones da área de trabalho, pois dependendo do humor a Lixeira fica melhor em cima do Explorer que fica mais legal do lado direito superior da tela, ou não. Adoro abrir pastas e subpastas, por exemplo, divididas por cantor, álbum, gênero, cor da capa, álbum família, férias, trabalho, festa da sobrinha, boate, ensaios fotográficos, e depois inverte tudo. Brincadeira mais legal só da web. Considero meu PC o pão e a web a salsicha, numa comparação nada á ver. A gente conversa, manda arquivo, baixa foto, música, filme, enfeita o PC, escreve blog e tem até perfil virtual. Geralmente quem é gordo vira magro, quem é magro vira atlético, o feio fica bonito, morena vira loira e homem vira mulher, e também vice-versa. De vez em quando a gente vê sacanagem também. É quase como entrar na maioridade e ganhar um carro esportivo ou virar astronauta, tudo junto. Eu brincava de cabana e hoje brinco de PC.
Certa vez me lembro de ter machucado o nariz. Usava óculos desde pequeno e hoje não preciso mais. Aquela armação maldita pesava mais do que devia, era azul e tinha a cara do Pato Donald grudada nas laterais. Eu ficava revoltado de ter que usá-lo, não pelo Pato Donald, mas não considerava aquilo como parte do meu corpo, me importunava, além da vergonha que passava na escola, claro. Até que ele parou de me machucar. Até comecei a gostar dele, incorporei total o visual e me sentia pelado sem óculos. Me questiono até que ponto eu sou eu, quais são meus limites? Nasci com cabeça, tronco e membros, graças. Mas ao longo do tempo fui acoplando, as fraldas, as roupas, os óculos, a obituração do dente de leite, que aliás também saiu e deu lugar pra um novo, a mochila pra levar peso e muitos e muitos dados do meu CPU, HD interno, externo, que não recordaria normalmente e nem reproduziria com exatidão. E fui aperfeiçando também! Cortei infinitas vezes o cabelo, aparei a barba, fiz meus músculos crescer, a gordura diminuir, treinei a voz pro teatro, aprendi a escrever, e só escrevo com a ajuda de uma caneta, um teclado, ou um pedaço de carvão.
Será que este computador também sou eu?!
Um comentário:
Eu só me dei conta do papel do computador na minha vida depois que eu fiquei dois dias sem internet.
Dois dias mais longos.
Dois dias que eu me senti uma ilha!
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