terça-feira, 7 de julho de 2009

Hoje acordei muito bem. Dormi ontém no sofá por volta da meia noite, acordei ás quatro da manhã, baixei músicas na web até as seis e acordei meio dia. Nada mal. Às vezes quase acredito que sou livre. Entrei no trabalho ás treze horas e quinze minutos, nem um minuto a menos, na verdade alguns a mais, nunca chego no horário. Até que sou bom no que faço, não que isto requeira muita inteligência. Paciência sim, muita. Por falta de coragem pra atos mais heróicos considero estes minutinhos meus atos de rebeldia, meus gritos de resistência, nem que sejam só um barulhinho, um peidinho, desculpe a comparação tão chula.


Nada como uma noite que deu certo e na companhia do Al...ai...o Al....aiaiai...o Al... Nem pra academia eu fui, e olha que pra isto me disciplino. Voltei pra casa mais ou menos vinte pra meia noite e dormi bem, até o meu súbito despertar das quatro da manhã.

Estava frio quando fui pro escritório, o céu aberto, azulzinho azulzinho. Fui ouvindo "Finally made me happy" da Macy Gray que de tão boa não sai da minha cabeça mais e foi a trilha de hoje. Tudo perfeito e sem pombas. Confesso que estava com um pouco de medo. Quando tudo está perfeito demais soa um pouco bizarro. Andei todo o trajeto tomando todo o cuidado pra que tudo ficasse como estava e não esbarrasse em nadinha. Sorri pra todo mundo e olhei pra não pisar na merda. Lindo, elevador me esperando, cheguei direto ao décimo terceiro andar e louco pra conversar. Nada da carioca, minha amiga e colega de trabalho com quem tenho altas conversas de cunho filosófico-existencialista, financeiro, e sobre a existência de Deus. Já tinha escutado toda novidade da viagem á Boston da qual ela havia chegado no dia anterior, agora era minha vez de falar e dela escutar, o que exige um esforço considerável da sua parte. A fofa, como seu marido a chama, entrou em quarentena. Não sei qual a conta, mas o médico disse ser de noventa e oito porcento(!) a chance de ser a tal da gripe que o nome não se pronuncia. Sabia que tinha alguma merda.

Como tenho uma certa tendência a psicossomatizar, fiquei o dia inteiro com o corpo mole. Já me imaginei trancado no apartamento52, um agente federal vestido de astronauta lacrando minha porta e alertando a população sobre os perigos da minha existência. Entrando em casa, meus pais jogados no sofá assistiam ao show-velório do Michael Jackson e esperavam pra uma visitinha surpresa. Corri pro quarto, tinha que protegê-los. Peguei uma super cueca azul e botei na cara. Não consigo pensar em nada mais que tenha elástico e tamanho suficiente pra cobrir uma boca e nariz assim tão rápido. Óbvio que não era nenhuma sunga fio-dental, portanto servia. Expliquei tudo bem de longe, eles riram. Ninguém me leva a sério mesmo.



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