domingo, 26 de abril de 2009

O fim de semana

Comecei a fazer teatro de novo! Adoro. Acho que agora talvez vá, talvez vingue. Digo isto porque tudo já começou corretamente, temos uma base teórica, um líder inteligente e disciplinado. Essencial. Ainda não sei se temos nome, o grupo, mas estamos ali num ponto dos Campos Eliseos num espaço bem bacana, não muito grande e com uma placa escrita Eureka na porta. Tudo em amarelo. Seguindo até o final de um longo corredor de cimento queimado chegamos ao barracão, quadrado e não muito grande, com teto de madeira e vários colchonetes.

Sempre questionei meu talento para o teatro, ou melhor, para a interpretação, pois vamos deixar bem claro que o teatro é um conjunto de várias coisas que a incluem também. Não sei se tenho talento, isto é muito questionável, afinal, como saber se realmente tive um entendimento completo de um texto, como saber se vou sinceramente contar a história, ou qual o melhor gesto, a melhor respiração? Bem, este é o nossso dia-a-dia quando estamos neste meio. É tudo muito claro, há de se contar a estória, mas ao mesmo tempo subjetivo e relativo.

Acabei de decidir o texto da minha primeira cena. É a primeira cena de "A Cantora Careca", que sempre achei incrível. Teatro do Absurdo. E ainda preciso estudar e apresentar uma poesia pra Sábado que vem. Meu grande problema surge daí: decorar texto. Um monstro á ser combatido.



Meu amigo Ricardo, de Tokyo, está na cidade desde semana passada. Foi pra lá quando tinha treze anos e agora depois de ancião pode ser considerado mais japonês do que brasileiro. Ele nos hospedou, eu, Lando e Gustavo, em dezembro de 2007 durante nossa estadia no Japão. Incríveis, a viagem, o Ricardo e seu companheiro Taka "chan". "San" é muito formal, não combina com a hospitalidade toda que nos foi dada e o fato de estarmos os três sempre só de cueca dentro da casa deles. Era inverno de rachar, então os japas colocavam o aquecedor á mil e ninguém é obrigado a passar calor em Tokyo no inverno. Só sei que depois de dois dias a intimidade já era tanta que de manhã pulávamos os três em cima da cama pra acordá-los, de cueca como sempre, e a zona estava feita. Sei que tudo isto pode ter toda uma conotação homoerótica, eu sei, mas estava mais pra bizarro, acreditem. Brasileiro já chega detonando, não tem jeito, e depois de um tempo eles simplesmente desistiram de ficar perplexos. Eles não, o Taka "chan", o Ricardo já é da vida mesmo. Em Setembro estou lá de novo pra mais, só que vestido, pois eles agora tem dois filhinhos, dois chiuauas, a Saphira e o Rubi, e não se pode ficar pelado na frente deles, o Taka não deixa.





Saphira e Rubi, dois cãezinhos de sorte e um urso panda; Lost in translation; Ricardo e Taka chan



Ontém depois do teatro resolvi visitar o Alex....aahhhhh....o Alex.... pois estava transbordando de ansiedade e novidades e tinha de contar do meu novo grupo de teatro. Chegando lá ele quase me expulsou, estava estudando a horas e eu como sempre atrapalhei(!), mas colocamos uma musiquinha e começamos a conversar. Viemos pro meu apartamento, a tres quadras do dele e colocamos Feliz Natal do Selton Melo mas chegaram amigos e interrompemos no meio. Esperava mais do filme, terminei de assisti-lo hoje. Achei que a mão foi pesada demais. Fui pra The Week, como de costume. Em São Paulo é o melhor programa de Sábado á noite, sempre. A música ainda bem estava boa, as pessoas bonitas. Realmente em São Paulo tem muita gente bonita, ou pelo menos uma boa parte estava aglomerada ali em alguns metros quadrados perto do DJ. Fiquei um tempo na área vip, bom pra conversar e rever amigos, mas depois caí mesmo foi na pista. Gosto muito.



Meia-noite e quarenta de Segunda. Tenho que estar no escritório ás onze da manhã e ainda tenho que decorar minha cena do teatro do absurdo. Amanhã falo mais.

Um comentário:

...do banheiro feminino disse...

konitchua.....ruadriguo thcannnnnnnnn!!!!!!!!!!