Realmente não funciono de manhã. São dez e um da manhã, eu pareço um zumbi, estou tonto e com uma pressão estranhíssima na cabeça. Considero o rádio-relógio o meu pior inimigo, um atentado á minha boa saúde e mente sã. Acordei em cima da hora pra entrar no escritório ás nove. Quanto mais perto do trabalho mais tarde a gente acorda, não tem jeito, os minutinhos na cama são preciosos.
Enquanto ainda colocava minha calça minha mãe, que perdeu horário no dentista, meu amigo Lando, bateu lá em casa. Ficou vendo a quinta temporada do Lost. Eu, comi duas esfihas, uma de escarola e uma de frango ali no Galicia, santo Galicia, e cheguei aqui comendo. Óbvio que eu encontrei a chefe da minha chefe da minha chefe da minha chefe da minha chefe da minha chefe...mais ou menos a minha tatara-chefe, com a boca cheia de esfiha e dando trombada com a garota da limpeza, esta recém chegada de nossa central em Houston. Minha chefe, não a faxineira.
Acordei ás três da madrugada com um salto, não tinha feito minha declaração de imposto de renda! Dormi no sofá tentando assistir ao tal DVD do Lost, mais foi o Jack aparecer que relaxei e dormi. O Jack tem um poder relaxante sobre mim, apesar de ser médico. Não sei porque lembrei da Receita Federal ás três da madrugada, só sei que ás três e meia estava revirando minhas gavetas procurando a papelada toda pra me reportar, pois eu me conheço e sei que se empurrasse mais um pouco com a barriga esqueceria de fazer. Óbvio que me estressei, nunca acho nada. Depois de baixar os dois programas referentes á declaração, tudo preenchido, o programa dava erro na hora de localizar o arquivo e enviá-lo. Liguei pro meu irmão aquela hora, sabia que estaria na web, eu quase chorando. Meu irmão é meu acessor pra assuntos difíceis, ou melhor, que exijam paciência. Depois de localizado, o site estava muito pesado e eu não conseguia trasmitir. Ótimo. Achei melhor tomar um banho e ás CINCO DA MANHÃ consegui finalizar tudo, foi uma delícia.
Nestes últimos dias tenho ensaiado uma cena de “À Margem da Vida”, de Tennesse Willians. Eu sou John, o filho, e a Fernanda é Amanda, a mãe. A cena mostra uma briga entre os dois, a história do filho revoltado, sentindo o peso da responsabilidade de sustentar a família, e da mãe um tanto quanto conservadora e acomodada. Nada novo. Alguns padrões de comportamento são os mesmos na nossa sala ou na do vizinho. Coisas de quem tem a coragem ou a necessidade de dividir seu espaço com outras.
A antiga cena da Cantora Careca ficou pra mais tarde, muito complexa. No momento o ditado de que “o menos é mais” é muito apropriado, não quero e nem tenho como ser Hamlet.
3 comentários:
Adorei a tatara-chefe, mas daqui a 10 dias meça a sua temperatura, just in case.
Meu Deeeeeeeeeeeeeeeeus!
Vejo que vc não funciona pela manhã,rs... ès uma pessoa q gosta mais da noite...
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