Não, não, mil vezes não. Nunca mais faço o caminho inverso. Trilha e depois filme, não funciona. Ontém á noite fomos eu, Cícera e Dan assistir ao tal Shelter. Decepção. Aliás, decepção por quê? Me pergunto, o que eu deveria esperar do filme? A minha experiência tem que ser boa porque a temática me diz respeito? Não, seria simplista e ignorante demais. Um bom filme inclui bom roteiro, direção, bons atores. Ah, e se os atores fossem bonitos ficaria melhor ainda, claro. Achei o loirinho uma tentativa falha de Brad Pitt, o qual acho bom ator mas não está entre meus top ten na preferência, gosto dos morenos. Não que os loiros não sejam bonitos ou bons atores, falo da minha preferência, somente. Na tentantiva do loirinho, só vi um galã canastrão, algo que ao mesmo tempo parece uma afronta e também reflete o mundo do qual eu faço parte. Na tentativa de escapar da imagem estereotipada e rizível que frequentemente nos dão, corremos pro outro lado. Algo não encaixa quando se tenta falar mais grosso do que se fala, coçar mais o saco do que se coça. Pra que, se a gente também surfa, anda de skate e joga futebol, também, e ainda bem?! Mas ok, nota dez pro Shane Mack em Lie to Me.
Mas a sessão teve coisas mais interessantes do que o filme, pra mim foi mais engraçado ver o Danilo escorregando os degraus do cinema, e poder comer toda a pipoca com pimenta da Cicera, mesmo correndo o risco de contrair a gripe suína que a amiga da amiga da amiga da amiga da amiga da amiga da amiga da amiga da amiga dela contraiu. Ela não teve nenhum contato com a fulana desde então, mas vá saber. Aliás a fofa a convidou para uma visita durante a quarentena, ela ficaria no quarto e a Cícera na sala, batendo papo. Mulheres tem que falar e falar, nem que seja com a parede. Recomendei que não fosse, além do mais com viagem marcada pra lugares “exóticos” nos próximos dias. Não acho que estão muito preparados pra lidar com a gripe do porco por lá. Acho que ela não gostou do meu dedo intrometido e me perguntou se estava fazendo algum tratamento quimioterápico pois estou sem barba e cabelo e num tom um tanto quanto sarcástico. Não gostei. Esperava no mínimo um elogio pela simplicidade da minha beleza “monstruosa” sem os artifícios da barba e cabelo, mas como todo casal ela nem prestou atenção aos resultados pós cabeleireiro (eu mesmo). Não é á toa que nossa relação sem sexo está fadada á continuar com a falta dele. Me recuso levá-la ao êxtase.
O pior é nem poder mais reclamar de nada disto com minha terapeuta. Fiquei sem dinheiro, nada de terapia. É, o mundo é assim mesmo babe. Ela até tentou um esquema qualquer de compensação por uns três meses somente, mas a tal instituição da qual faz parte negou, e ainda questionou porque eu posso pagar uma academia e não a terapia. Primeiro, não se questiona este tipo de coisa, minha academia é meu lugar de convívio social diário e me traz saúde, física e psicológica. Segundo, enquanto instituição, que geralmente recebe dinheiro tanto do governo quanto de empresa privada, á mim soa indecente a recusa de se fazer algum tipo de acordo sendo que pago tudo que devo desde que comecei, e nem pedi nada de graça. Afinal se alguém tem como me ajudar e pegar um pouco mais leve vai ser a tal “instituição”, e não a academia. Disse pra ela que tudo que se refere á nossa sociedade é sempre assim, considera-se apenas os absolutos extremos, oito ou oitenta, e você só é considerado se tem muito ou se está na favela bebendo água com açúcar pra sobreviver e não tem nada, o meio termo não existe. Coisas de esquemas burros. E por último e não sem menos importância, como é que vou manter este corpinho?!
Hoje, dia nublado, mas um nublado gostoso. Parou de chover. Uma pomba maldita cagou no meu ombro a caminho do escritório, a cinco minutos de casa, e atrasado como sempre não pude voltar e estou vestido só com uma blusa fina de frio. Tentei desviar de um aglomerado de pombas loucas por um pedaço de pão na calçada que alguma senhorinha maldita jogou, mas tinha a estrategista rebelde esperando no fio de alta tensão só esperando um humano passar pra cagar. Só senti um montinho bater no meu ombro, o peso de uma uva caindo, e sorte que não espirrou na minha cara.
Aqui, no escritório, acabei de imitar a Susan Boyle, uma das minhas imitações mais solicitadas. Agora vou voltar a trabalhar e fazer algo de útil.
2 comentários:
oi...é sua eterna esposa..que quer divorcio....apesar de suas criticas quanto ao meu comportamento...a cronica esta, como sempre: deliciosa....beijo.
essa da Suzan eu quero, e preciso, ver.......
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