segunda-feira, 25 de maio de 2009


Estava deitado desde meia-noite. Fiquei horas sentado no computador, chequei meus emails e alguns vídeos relacionados ao trabalho corporal do ator. Cabeça. Depois, foi um entra e sai de Orkut e afins, queria sair mas não conseguia. Suspeito que alguns sites tem mensagens subliminares passando na tela dizendo "você é agora é meu!" ou algo com gente pelada, porque fora hipnose isto é o que mais surte efeito. Bom, gente pelada no Orkut é o que não falta. Eu mesmo já estou sem a parte de cima.


Eu, sem a parte de cima



Resolvi dar um basta e dei play na trilha sonora do Central do Brasil, incrível, aliás, uma das minhas drogas alternativas preferidas. Me leva pra algum outro lugar, de repente meu quarto se transforma e passo a olhar tudo de um jeito diferente, olho pro teto, olho pra parede, olho pras cortinas e pra luz acesa do corredor. É um tal de olha pra lá e pra cá que começo a viajar. Sim, luz acesa porque de uns dois meses pra cá tenho tido medo do bicho papão ou algo que queira parecer com ele e me assustar.

São duas e meia da manhã agora. Resolvi levantar. Estava pensando em algo que me trouxe uma percepção tão louca que preciso compartilhar. Me imaginei de repente dentro de um carro antigo, daqueles conversíveis grandes da primeira geração, tempos passados. Em cena, eu, menino, de uns seis ou sete anos de idade. Ao meu lado, todas as pessoas que conheço, o Alex...ai o Alex...aiaiai o Alex.... meus amigos, minha mãe, meus colegas de trabalho, colegas de academia, minhas chefes, todas as pessoas. Todos tinham a mesma idade, os meninos com seus chapéuzinhos e suspensórios, as meninas de tranças, cachos e vestidinhos. Não sei porque, mas fiquei emocionado. Imagine todos nós, crianças, todos ao mesmo tempo. Os olhares eram diferentes, os sorrisos também. Ou mesmo o simples olhar era muito curioso. De repente me pareceu tudo tão mais claro e simples. O único adulto era alguém que dirigia o carro, algum coitado que ficou com toda a responsabilidade. Quero deixar claro que a única droga alternativa foi o CD do Central do Brasil...

Segunda á noite foi tranquila. Ganhei uma noite na semana pra simplesmente ir á academia, pedalar, não me preocupar com horário. Até achei que fosse chegar em casa e assistir filmes, ler meus livros, mas acho que exagerei. Saí do trabalho e para o meu bem, e mal dele, meu colega de cena estava gripado. Estimo as melhoras, mas que foi conveniente foi, desde ontém ando meio deprê e a cena iria virar um dramalhão mexicano só.

Agora, estou escutando FM que aliás já está me irritando. Estou de pijaminha marrom, vi agora que a blusa está do avesso. Sim, gosto de pijamas. Não, não tô nem aí. Geralmente uso só os shorts mas hoje estou um pouco carente e preciso da blusa pra dar uma esquentada. E só pra constar não, eu não estou me explicando.

Eu, de pijama com a Rê

Vou chutar o rádio e voltar á abraçar meu edredon.

domingo, 24 de maio de 2009

Domingo de spinning e banho de sol no clube. Prato de pedreiro no almoço ás dezesseis. Tarde inteira inspirado no presente de um ano de renascimento de alguém. Tudo embrulhado pra presente, e depois do jantar na pizzaria, recusado. Decepção, este é meu nome.
Me rendi mais uma vez aos encantos das ruas arborizadas de Higienópolis. Meus caminhos adentro da bolha, de MP3, todo garoto fitness de bermuda e regata. Gosto de morar no limiar de tudo isto e a ferveção do centro. Renovei meu velho plano na academia só pra poder continuar meus velhos caminhos. Até tentei malhar em outro lugar, mas o caminho era muito feio e quem escolhe quais caminhos trilhar sou eu mesmo, obrigado. Quero sugar tudo que minha academia oferece, estou pensando em ir de manhã, á tarde e á noite, tomar todos os cafés da manhã oferecidos, tomar sol todos os dias no clube. Sim, porque foi tão sofrido negociar com eles que agora estou pulando de alegria e quero esgotar tudo.

Acabei de voltar da The Week, achei que com vodka expurgaria a merda que foi meu Sábado. Malhação de manhã (uhuuuuu!) foi ok... almoço no Sax (uhuuuuu!) ok... minha cena apresentada á tarde, não tão ok, chegar no teatro e descobrir que a peça da Fernanda Montenegro começou ás vinte horas e não ás vinte uma! Caracaaaaaaaaaaaaas! Não acredito que os caras colocaram a peça ás Sextas ás vinte e uma horas e aos Sábados ás vinte e nem dão um toque! Vamos combinar que as peças em São Paulo, tirando as cenas do Antunes ás dezoito, e as peças dos Satyros á meia-noite, são TODAS ás vinte e uma horas no Sábado. Sacanagem. Minha contagem regressiva para a peça terminou por água abaixo. Chegaram várias pessoas e deram com a cara na porta também. Banho de água fria. Voltamos eu e todos os meus amigos pro apartamento52, frustrados. Mais surreal foi o mendigo me xingando revoltado porque de acordo com ele, que escutava minhas reclamações descendo a rua, disse que eu nunca poderia usar a palavra "podia" que ela não existe, e que o certo era que o teatro "poderia" ter avisado o horário com mais ênfase. Me perguntou onde eu li que "poderia" usar "podia" ! Sinceramente não sei e tô cagando e andando se eu "podia" ou "poderia" ter usado a merda da palavra. Entramos em casa, Monnik deitou no sofá toda vestida e dormiu, Danilo vidrou na TV, eu e Cícera comemos TRÊS pacotes de Passatempo cobertos de chocolate. Combinamos que se alguém perguntasse da peça ela teria sido ÓTIMA! Alex....ai Alex... aiaiai Alex...voltou pra casa, já estava emburrado comigo e a única reação quando chegou e viu que perdemos a peça foi um "humpf!", virou as costas e foi embora. Foi quase um suicídio social, sorte que ninguém olhou o horário certo, não fui só eu, e graças á Deus, se é que ele tomou algum partido nisto ou se ele existe, comprei ingressos pra vê-la no último dia de apresentação. Somente eu e Alex...ai Alex...

Hoje no teatro discutimos sobre a sociedade pós-moderna e Gore Vidal. Fiquei triste. Não se faz mais nada como antigamente mesmo.

Estou sentado de cueca finalizando aqui o meu dia. Espero que amanhã seja melhor. Ah! O meu cabelo já está melhor, apesar de agora estar cheirando os quatro trilhões de cigarros fumados esta noite na The Week, mas não pareço mais uma bola de pêlos.

Fernanda, por favor estréie de novo!

domingo, 17 de maio de 2009

Não estou de bem com meu cabelo. Estou uma bola de pêlos com esta barba toda e cabelo comprido. Aparentemente é a semana do macaco, talvez jogue no bicho. Nem sei se tem macaco no jogo do bicho.
Faz quatro dias que não malho. O Zé abandonou seu posto de colega de malhação, péssimo. Me senti traído, por ele e aquele chinezinho come-quieto meu amigo que roubou ele pra sua academia, que aliás parece uma boutique iluminada com luzes azuis indiretas. Humpf! Eu gosto é de graxa no dumbell, bermuda e camiseta velha pra malhar.

Sexta trabalhei como um cão, saí ás seis do escritório e em dez minutos estava em casa. Banho e dois sanduíches depois, botei minha calça preferida e fui encontrar o Alex....ah....o Alex....aiaiai o Alex... Bilhetes comprados há duas semanas pra assistir á duas cenas do excelente Sérgio Brito no Sesc Santana. O primeiro deles, sobre um determinado senhor Krapp que no final de sua vida resolve escutar á algumas de suas gravações, diários em áudio, feitas ao longo da vida. Me imaginar com oitenta anos, escutar amanhã a minha voz de hoje e todas as minhas ansiedades e vontades dos trinta é muito instigante. Imagine ler o meu próprio blog daqui á cinqüenta anos! O que seria eu daqui tanto tempo? A segunda parte era um ato sem palavras, ações claras de um ser humano na nossa condição básica da busca. Sinceramente foi a que gostei mais. Chegamos cedo ao teatro, jantamos strogonoff, bebemos um pouco de vinho depois da peça. Cocktail caprichado. Frio de rachar, a temperatura deve ter caído uns dez graus em poucas horas. Meu celular toca, digo que não posso falar. Pronto. Noite perfeita quase foi por água abaixo.

Sábado ia acordar cedo, malhar, correr, ensaiar, comer bem antes do teatro. Acordei uma e vinte da tarde pra encontrar com o grupo ás duas. Seis ligações do meu parceiro de cena perdidas. Banho de cinco minutos, mandei meu pão integral light sem casca (odeio casca) pra dentro, uma fatia de queijo, cheguei atrasado. Discutimos muita teoria, sobre o devir, sobre a não totalidade das coisas. Sobre tudo que podemos acessar enquanto atores. Nosso trabalho de voz foi árduo, engraçado. Parecíamos todos umas araras fazendo careta. Noite de cervejas nos Satyros, jantar no Lee Lau, o chinezinho maldito, que saiu de sua própria casa á francesa enquanto ficamos eu, Danilo e Júnior conversando sobre Fernando Pessoa, samba de raiz, Elza Soares até as quatro da manhã. Nada de The Week, ingressos para as festas de Junho só a semana que vem, mais caros provavelmente.
Hoje, Domingo, almoço no Chopp Escuro com Danilo e Alex....aiaiai o Alex. Não canso de comer aquela parmegianna que desmancha na boca.
Eu e Danilo fomos tomar café no pátio do colégio, estava lá o Mojica, mais conhecido como Zé do Caixão. Vimos uma exposição de fotos no Centro Cultural da Caixa, e uma sobre contos de fada no CCBB. Paredes pintadas de rosa, lustres de cristais coloridos, desenhos de artistas incríveis retratando chapeuzinho vermelho e o lobo mau. Um espelho gigante que distorcia tudo foi o melhor de tudo, o Danilo adorou se ver com barriga negativa que nem a Gisele Bundchen enquanto o segurança e a educadora nos olhavam com ar de desprezo. Fingi que não conhecia.

Terminei minha noite com a visita de amigos que adoro, brownie e Coca-Cola. Comemos alfajores que nosso querido Ge trouxe de sua última viagem á Buenos Aires. Deu uma fisgada no estômago, além do mais porque havíamos acabado de assistir ao vídeo-montagem de nosso último Carnaval juntos em Floripa, eu ele e Emílio pulando que nem loucos na última festa. De repente ele estava aqui conosco de novo. Aliás, quando estivermos juntos ele sempre vai estar também, nosso eterno “vermento”.



Quando saíram assisti ao DVD da última entrevista da Clarice Lispector na Cultura, em mil novecentos e setenta e sete, aliás, uma de suas únicas entrevistas.
Pra quem quer conhecer alma de artista.

quarta-feira, 13 de maio de 2009



Receita para enlouquecer alguém

1 - Combine com alguém muito próximo algo durante a tarde do dia seguinte, reserve;
2 - Desligue seu celular ás oito da manhã do dia combinado, reserve;
3 -Não ligue dizendo que não vai aparecer;
4 - Na madrugada seguinte não atenda a campainha e nem as porradas na porta;
5 - Misture tudo, incluindo o fato de as duas se falarem diariamente, muitas vezes;

Cozinhe bem, sirva frio no outro dia de manhã como se nada tivesse acontecido.
Ai ...Alex....aiaiai...Alex.....estes leoninos são uma coisa...não quero controlar a vida dos meus “amigos”, só quero saber se as coisas vão bem.

Resumo: terceiro dia sem dormir direito ou quase sem dormir, meu ensaio nem rendeu. Só consegui concentração assistindo ao macaco da Juliana Galdino, ótima. Timing, perfeito, duração, não mais do que uns 50 minutos de peça. Monólogos tem que ser comedidos. Aliás, acho que estão na moda. Esta semana já assisti o do Frateschi, ontém a Juliana e semana que vem, a Fernanda. Só feras.



Estou com um pouco de dor de cabeça. Pela manhã, reunião com duas colegas americanas, visitas surpresas, adoro. Agora á noite, terapia. Não sei se estou muito centrado, hoje vai ser uma daquelas sessões um tanto quanto surreais, falar nada com nada. Dizem que é á partir daí que se consegue resultados, pois o inconsciente se mostra. Ou subconsciente? Ah, sei lá.

Minha próxima cena: um fanático religioso de dar medo. Adooooooro

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"...e que cada um aprenda á conviver da melhor maneira possível com seus desencantos..."

Hoje não tive ensaio, pulei a academia, fui visitar o leãozinho....Alex....ai Alex....aiaiai Alex...
Preparou uma pasta, deliciosa, enquanto eu cochilava. Sentia o cheiro mesmo dormindo e acordei com um prato gigantesco ao meu lado na cama, aquele molho á bolonhesa com azeitonas estuprando meu nariz. Não dava pra ser fino. matei o prato todo.
Fomos eu, ele e Danilo assistir algo leve, Divã, com a Lilian Cabral. Achei que seria sacal. Mas não é porque algo é despretensioso que é ruim. O filme é encantador, tem alguns clichês é claro, mas é singelo e sincero. Tem cenas impagáveis, a Lilian no queijo da The Week por exemplo. Há coisas que me tocam, choro, choro mesmo. Não acredito em casamento, mas não posso ver um que me desmancho. Como ela diz no filme, e todo mundo têm sua história então sabe disso, ninguém nos tira o que foi passado, vivenciado. Ninguém vai deixar de ficar feliz, triste, saudável, doente em algum momento, morrer. E como na frase acima que cada um de nós saiba lidar com nossos desencantos, afinal eles dão a cor necessaria á tudo.

Pela manhã, durante meu almoço das onze e quinze (sim, é bem cedo, mas eu morro de fome neste horário) pensei muito no meu amigo Osíris. Queria saber se teve pesadelos por causa do filme de ontém, um pouco forte. Tivemos uma perda irreparável recentemente. O vazio que ficou não pode ser preenchido, talvez maquiado, disfarçado. Saquei o celular e lá vai torpedo, adoro torpedos, são fáceis, claros, objetivos. Não gosto de telefone. Prefiro o téte-a-téte. Mandei um "eu te amo", em inglês I LOVE U, love you de amigo, de coração. Óbvio que, tendo o mesmo nome do então companheiro dele, mais uma vez fui confundido e só não recebi uma respostinha safada por pouco. Já recebi aliás, e fiquei chocado, prefiro não saber de algumas preferências dos meus amigos, acho que os prefiro assexuados, apesar de egoísta da minha parte. Prefiro pensar que são anjinhos barrocos, aqueles que não tem nada entre as pernas.

São duas da manhã. Preciso dormir, mas estou fervendo. Quero escrever, quero estudar. Estou lendo duas bíblias de interpretação, Stanislavski na veia, e mais um da Stella Adler, ex-diretora do The Actor´s Studio. Estou trabalhando três monólogos, curtos, duas poesias alheias e uma minha do http://eucoisahomem.blogspot.com/ , meu blog de devaneios, para apresentá-los ao grupo. Gosto muito. Quero terminar de ver "Á Margem da Vida", quero fazer uns abdominais(!). Ansioso pelo fim de semana de Celso Frateschi com "Sonhos de um Homem Ridículo" e "Palhaços" da Cia do Feijão, dos meus encontros de teatro e meus ensaios, das fotos com Paziam, da jogação na The Week.

Como gerar mais tempo pra tudo que eu quero?





quarta-feira, 6 de maio de 2009



Trabalho work-in-progress. Minha cena do Tennessee Williams vai ser fotografada pela Carla. Amo. Fotografias de movimento são as melhores.
Ontém comprei a raridade da edição em inglês do “À Margem da Vida”, no original “The Glass Menagerie”, na Livraria Cultura. Tinha achado a edição já traduzida por oitenta reais, paguei na original trinta e dois. Prefiro o texto original um trilhão de vezes, tem partes em que a tradução nos dá uma intenção totalmente diferente da personagem. Redescobri minha cena. Assistimo, eu e Fernanda, á partes do filme dirigido por Paul Newman em 1987, com John Malkovich (concorrência desleal) fazendo meu personagem, um arraso, mas, tenho que falar, as opções não são as sugeridas pelo autor em alguns momentos, anyway....ele é John Malkovich e o diretor do filme é quem manda.

O filme é excelente, o trio de atores um arraso, pena que não tem pra aluguel e nem compra. Tem uma vídeo no Google em Porto Alegre, um pouco longe, e em VHS. Emprestei meu aparelho VHS pro meu amigo André já faz dois anos, já ofereci resgate mas nada de tê-lo de volta. O André é o autor daqueles vídeos bem engraçados dos Telebambies e outros mais, uma figura. Íamos louquíssimos ao D-Edge toda Sexta-Feira, depois de altos esquentas na sua casa. Moravam quatro amigos meus juntos, num apartamento nos Jardins que depois virou uma casa de três andares na Bela Vista com cara de casa holandesa. Não sei se era a escada de madeira pintada de branco, alguns enfeites bem coloridos ou o quê, mas tinha um ar Amsterdam. Estou com sadaudades do safado, já faz um tempo que não o vejo.

Ontém ainda, ensaiei durante a tarde, fui á academia em seguida, encontrei um ex colega de trabalho no caminho. Quarenta minutos conversando na rua escutando toda uma teoria da conspiração, fascinante. Se era real não sei, mas fiquei pelo belo par de coxas. Sim, para os meus colegas de trabalho que querem saber, era o tal, que te catou atrás do armário na piadinha infame. Corri como um louco, malhei meia-hora, apressei meus amigos. Cheguei ao Teatro Imprensa 20:40hrs pra ver o macaco da Juliana Galdino, eterna Medéia, ás 21:00horas...esgotado! Não acreditei. O Danilo deu show, claro, ele adora. Fomos comer, nos dirigímos ao Cine Bombril pra assistir Divã...tinha uma festinha e não teve sessão. Corremos para o Bristol...a sessão foi 18:15hrs.... Espaço Unibanco... nada mais pra assistir áquela hora. Ok, desisti. Se tinha alguma mensagem subliminar no desencontro todo não sei, tem gente que acredita nisto, só sei que fiquei puto, mas pelo menos comprei meu livro no meio da correria toda.

Hoje, depois da terapia, sessão do Réquiem para um Sonho lá em casa pra amigos. Já vi várias vezes mas eles não. Quero ver as caras depois do soco no estômago.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Virada cultural. A cidade inteira de pernas pro ar, inclusive minha rua. Nem uma agulha conseguia estacionar. Geralmente não topo muita muvuca, pública, então dispensei a idéia de shows e cinema. Havia acabado de apresentar minha cena e estava mais pra teatro. Lembrei de uma reportagem sobre este grupo francês, com suas instalações de tochas ás margens do Rio Sena, e que estaria no Parque da Luz ainda em comemoração ao ano da França no Brasil. Dez e meia da noite chamei meus pais e fomos todos pra lá, o Emílio junto. A experiência de ter muita gente andando pelas ruas com tantos programas áquela hora foi interessante, mas chegando lá foi incrível. Um parque inteiro iluminado com tochas, fogo sendo lançado aos céus por tubos gigantes com labaredas enormes. Estruturas enormes, redondas, todas iluminadas. Camisetas brancas penduradas nas árvores e iluminadas por velas, tudo ao som de um rock progressivo tocado e cantado ao vivo. Cenário medieval. Dei vária voltas por lá, esperei meu irmão que estava por perto chegar e tive até pena de ir embora. Meus pais e ele ficaram. Eu e Emílio...The Week. Lógico que depois de um chill in na casa do Zé. A noite foi ótima.

Domingo, chá das seis na casa da Cicera. Eu tinha acabado de almoçar no árabe, quase um kilo de comida, não cabia mais nada. Mas de repente um chá ajuda a digestão, ou pelo menos era aminha desculpa. Peguei uma carona com nossas duas queridas “chamutas” da Haddock Lobo, eles gostam de ser chamados assim, e fui correndo lá pro Morumbi, ou Brooklin, não sei muito bem.
A última vez que fui visitá-la ela havia acabado de se mudar, ela e seus cinco gatos. Eu, quando me mudei para o apartamento 52 , bem menor do que a casa dela, demorei séculos pra me organizar. Imagine uma mulher sozinha com seus três quartos e seus cinco gatos. Estava um pouco bagunçado. Pois quando cheguei dei de cara com uma bela mesa de jantar, um belo lustre e duas lanternas marroquinas, repleta de queijos, biscoitos, pães, chás, macaronis e sucos. Enfeitando, um Dunga de porcelana com a cara na bunda de uma Branca de Neve também de porcela. Trabalho do Enzo, a mesa toda, incluindo a sacanagem, óbvio. Saí de láa e fui encontra o Alex...ai o Alex...aaiaaiai o Alex ...e o Emílio no Suplicy. Cheguei em casa, dormi de roupa.

Hoje, Segunda, cheguei atrasado no trabalho, pra variar. Nada muito abusivo, coisa de cinco minutos, mas empresa americana é empresa americana, tudo é estatística. Um minuto e meio já vira uma cifra e você já fica sabendo logo logo o quanto a empresa deixou de ganhar por sua causa. É, são coisas do mundo capitalista e cristão, onde faz bem e é bonito sofrer. Ainda bem que minhas chefes são brasileiras...hehe...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fernanda, Marieta, Andrea, Demi, Susan...

Ingressos garantidos pra ver o gênio Fernanda Montenegro. Primeiro e último dias das apresentações garantidos, quero vê-la mais de uma vez. Ingressos, R$30 cada. Corri, ainda queria comprar ingressos pra ver Marieta Severo e Andrea Beltrão (também gênios) juntas, não consegui pra esta semana. Ingressos....R$80 cada!!!!!!!!!!!! What da fuck! A questão é que não é mais uma opção, vou ter de comprá-los. Não que isto seja ruim, muito pelo contrário. Perdi uma aposta com o leãozinho, o Alex....ai o Alex....ai ai ai o Alex...ai o Alex... mas também pudera. Qualquer um duvidaria da notícia de que Demi Moore está pensando em interpretar Susan Boyle(!) no cinema! Fico emocionado com o talento de Susan (http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo), com seu carisma, com a pessoa bonita que parece ser, mas, primeiro: Demi Moore não é atriz, ela é bonita (o que a Susan não é), esta é sua profissão. Segundo: é a mesma coisa que a Gisele Bundchen interpretar a Aracy de Almeida. Não rola. Nem maquiador de Professor Aloprado dá conta. A Charlize Theron até conseguiu ficar feinha no Monster, mas ela pelo menos é muito atriz, o que ajuda, e também não forçou a barra tentando ser a Fiona do Shrek, tentou ficar apenas "esquisitinha". Mas ok. Perdi a aposta, e junto com o teatro ainda vou ter de pagar um rodízio no japonês. Coisas da vida.



Acho que não vai rolar...
-Alô?
-Oi!
-Monnik?
-Oi Rô. Eu também.
-...M...Mo...Monnik?
-Oi.
-Ah...já entendi...não pode falar... ;)
-Não Rô, posso, eu acordei agora. Você vai hoje né?
-Onde?
-Amanhã. Ai Rô. Ah! Hoje é Sexxxxxta (ela é carioca e puxa o x) ....fui dormir bêbada cara...

Este foi o começo da minha ligação pra minha amiga, agora á pouco. Acabei de acordar também. Surreal. Eu só queria convidá-la pra almoçar e comprar os ingressos para a Fernanda Montenegro interpretando Simone de Beauvoir. Tô correndo até lá o Sesc aqui do lado. Imperdível, claro. Faço teatro com a Monnik desde os Satyros.
Melhor que este diálogo, somente o diagnóstico dado por um médico á um amigo estes dias. Aliás ele acompanha este blog. O médico disse que ele está com trauma intra-uterino e que o corpo espiritual dele está pesando 120kgs. Acho difícil aquele corpinho sarado sustentar um espírito tão pesado, mas vá lá....