Virada cultural. A cidade inteira de pernas pro ar, inclusive minha rua. Nem uma agulha conseguia estacionar. Geralmente não topo muita muvuca, pública, então dispensei a idéia de shows e cinema. Havia acabado de apresentar minha cena e estava mais pra teatro. Lembrei de uma reportagem sobre este grupo francês, com suas instalações de tochas ás margens do Rio Sena, e que estaria no Parque da Luz ainda em comemoração ao ano da França no Brasil. Dez e meia da noite chamei meus pais e fomos todos pra lá, o Emílio junto. A experiência de ter muita gente andando pelas ruas com tantos programas áquela hora foi interessante, mas chegando lá foi incrível. Um parque inteiro iluminado com tochas, fogo sendo lançado aos céus por tubos gigantes com labaredas enormes. Estruturas enormes, redondas, todas iluminadas. Camisetas brancas penduradas nas árvores e iluminadas por velas, tudo ao som de um rock progressivo tocado e cantado ao vivo. Cenário medieval. Dei vária voltas por lá, esperei meu irmão que estava por perto chegar e tive até pena de ir embora. Meus pais e ele ficaram. Eu e Emílio...The Week. Lógico que depois de um chill in na casa do Zé. A noite foi ótima.
Domingo, chá das seis na casa da Cicera. Eu tinha acabado de almoçar no árabe, quase um kilo de comida, não cabia mais nada. Mas de repente um chá ajuda a digestão, ou pelo menos era aminha desculpa. Peguei uma carona com nossas duas queridas “chamutas” da Haddock Lobo, eles gostam de ser chamados assim, e fui correndo lá pro Morumbi, ou Brooklin, não sei muito bem.
A última vez que fui visitá-la ela havia acabado de se mudar, ela e seus cinco gatos. Eu, quando me mudei para o apartamento 52 , bem menor do que a casa dela, demorei séculos pra me organizar. Imagine uma mulher sozinha com seus três quartos e seus cinco gatos. Estava um pouco bagunçado. Pois quando cheguei dei de cara com uma bela mesa de jantar, um belo lustre e duas lanternas marroquinas, repleta de queijos, biscoitos, pães, chás, macaronis e sucos. Enfeitando, um Dunga de porcelana com a cara na bunda de uma Branca de Neve também de porcela. Trabalho do Enzo, a mesa toda, incluindo a sacanagem, óbvio. Saí de láa e fui encontra o Alex...ai o Alex...aaiaaiai o Alex ...e o Emílio no Suplicy. Cheguei em casa, dormi de roupa.
Hoje, Segunda, cheguei atrasado no trabalho, pra variar. Nada muito abusivo, coisa de cinco minutos, mas empresa americana é empresa americana, tudo é estatística. Um minuto e meio já vira uma cifra e você já fica sabendo logo logo o quanto a empresa deixou de ganhar por sua causa. É, são coisas do mundo capitalista e cristão, onde faz bem e é bonito sofrer. Ainda bem que minhas chefes são brasileiras...hehe...
2 comentários:
Você foi bem enfatico: Capitalista e Cristão. Foi o cristianismo que trouxe essa poda ao homem, aliás, nos EUA isso está muito difundido, ao contrário de algumas religiões, os critãos não se sentem mal com o acumulo de riquezas.
Eu não pude ir na Virada, aliás, não cogitei. Fiquei na bolha o dia inteiro, se tivesse chamado o Douglas, creio que ele iria. Você irá na pré-parada da The Week?
Então, tô enrolando pra pegar os ingressos mas vou com certeza, todos meus amigos vão. estarei lá nem que seja no vácuo.rs
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