sexta-feira, 17 de julho de 2009


Atacaram bolinhas de gude nos travestis. Pois é. Algum vizinho “simpático” fez a política da boa vizinhança, abriu a janela, e tome bolinhas de gude. Claro que as travas se revoltaram. Sim, tem travesti na minha esquina, e não, eles não mexem com ninguém, muito pelo contrário. De vez em quando escuto o papo lá da rua, coisa bem fina, principalmente quando “elas” estão brigando ou alguém não quis pagar. Claro que não sou amigo íntimo de nenhum(a), nunca nem conversei, não por preconceito, simplesmente porque não vem ao caso, mas também não preciso sair brincando de paintball com eles(as). O fato é que tenho alguns vizinhos bem“fofos”, gente boa mesmo. Meu prédio é de gente distinta, mesmo. Senhorinhas com colares de pérolas e coque muito bem feitos, de mãozinhas dadas com seus velhinhos muito bem vestidos, educadíssimos, e coisa e tal. Tem uma galera mais jovem que é descolada, mas sempre tem aquela figura “super” querida de todos... que pelo jeito joga bolinhas nas travestis. Em protesto, vieram até o porteiro e ameaçaram quebrar as duas portas de vidro do prédio e o espelho gigante do hall de entrada. Agora por causa do mala-vizinho corro o risco de correr de travesti, apesar de elas falarem que me acham gostoso quando eu passo(!). já recebi algumas propostas indecentes. Só sei que a presença delas não me incomoda e acho até engraçado, são divertidas. O melhor de morar aqui é subir três quarteirões e passear pela Higienópolis, ou se for pro outro lado tomar uma cerveja na Roosevelt. Gosto de estar no meio das duas coisas, mesmo. Nem tanto na bolha nem tanto na boca. Meu vizinho é que deveria mudar-se pra uma chácara com milhares de metros quadrados e uma casa bem no meio cercado de nada. Algo do tipo “A Morte do Demônio”, aquele clássico do trash dirigido pelo Sam Raimi e que é tudo de bom, mas mala que é mala vai pentelhar até os bichinhos. Um dia ele vem até a área de serviço e diz que alguma coisa está “vibrando” no apartamento52 (?!). Pois não é que no outro recebo a visita da minha avó e o mala-vizinho soca a minha parede por estarmos conversando?! Minha avó é filha de italianos, tudo bem, mas não fica dançando a tarantela no meu quarto. Mal escuto sua voz quando conversamos. Um dia, quando eu voltar a fazer sexo, que pelo que lembre faz barulho, terá que ser com a mão na boca em vez de lugar melhor só pra não importunar a criatura.

Acabei de chegar do Ceagesp. Estava tomando um café no Suplicy agora á noite quando recebi o chamado da minha mãe em mais uma febre de compras. Ela adora comprar coisinhas. Bem oportuno, eu também quero comprar uma árvore pra colocar na varanda integrada do apartamento52 depois da faxineira ter decepado meu bamboo, que eu tanto amava. Achei uma pitangueira linda, e um pé de ameixas também, mas achei melhor pesquisar se eles se adaptam á varandas, o que eu acho que não. Voltei de mãos vazias, mas em compensação comi um cural de milho verde divino.

De resto, estou há duas horas navegando pela onipotente e onipresente internet. Cheguei hoje á conclusão de que ela sim é poderosa, está em todos os lugares e ligada á tudo e á todos ao mesmo tempo.Um bicho tão grande que no final a gente quer mamar o tempo todo pra tentar não perder nada, ter tudo ao mesmo tempo, que nem ela. Falar com todos, ter todos, saber de tudo. Será mesmo que eu quero? E eu achando que com meus prolongamentos todos do post anterior estava virando uma super-hiper-máquina. Pretensão. Acho que ando lendo muito Baudrillard...

11 comentários:

Silvio disse...

como assim ,`quando eu voltar a fazer sexo`?
Ta celibatario amigo?

Rodrigo Vieira disse...

sexo? o que e' isto?

Mauro Feydit disse...

Que seja sexo do bom, com bastante barulho, e tudo mais que dê prazer. Vizinho chato eu tenho de montes, e nem moro em apartamento.

emucillo disse...

até os vizinhos chatos um dia fazem barulho... um dia vc vai dar o troco e pedir silêncio.

Rodrigo disse...

Vizinhos....tenho uma boa historia sobre isso

Tinha uma moradora do prédio anterior q eu morava q simplesmente andava de madrugada pelos corredores dos andares, a procurar quem fazia barulho..ate q um dia a "pobre" senhora tropeçou em um tapete, se machucou a bessa e o vizinho q ela mais incomodada ouviu o barulho da queda e foi ajuda-la no calar da madrugada rsrsrsr irônico né! Claro q ela parou d andar pelos corredores a procura de barulho, mas so por alguns meses rsrsrsr

Rodrigo Vieira disse...

Pois é Rô, no fundo no fundo acho que a figura precisava é que alguém lhe desse atenção! Mas, como pau que nasce torto NÃO se endireita....hahaha

...do banheiro feminino disse...

POe a pitangueira, da minha vizinha de baixo tá dando frutos!!!!!!!!!!!!ai quando a gente colher faz uma compota!!bjs saudades

Unknown disse...

Escrever é demais não é? Desculpe pela intromissao...

Lukas Andreozzi disse...

Tem vizinhança chata mesmo. Não moro em prédio e sim em casa, em um bairro tranquilo que tem um ou outro acontecimento isolado. Aqui não há travestis, mas há crianças que gritam enloquecidas o dia todo, e há bandas de rock que ensaiam aos sábados a partir das 10 a.m. hahah'

Em todo caso é sempre assim...

E sobra internet, também tenho essa sensação de que quero saber de tudo, estar conectado em todos e ficar completamente antenado.

até!

Anônimo disse...

Se um dia vc quiser voltar a fazer sexo, e precisar de uma companhia, posso te passar meu telefone...

Rodrigo disse...

Atualizações Rodrigão!!

Precisamos de atualização no blog! kkkkkk